Nosso Rio Guri

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sábado, 15 de junho de 2024

Canoas: Questões Ambientais - Naturais - Geográficas/Geomorfológicas - Históricas

O Jornal Timoneiro proporcionou uma aula-análise da região de Canoas na Semana do Meio Ambiente 2024, no momento em que a cidade sofreu a maior enchente de sua história. 

Áreas alagáveis apresentadas
Áreas alagáveis na cidade. A parte apontada seria uma ilha se a altura da enchente não tivesse chegado a altura que chegou. Ela também foi inundada.

Em 04 de junho o Jornalista Vanderlei Dutra realizou um podcast com a Geógrafa Ana Cláudia Luz Garcez apresentando, através de mapas, importantes estudos sobre as características da cidade, bacias hidrográficas, altitudes e relevo. Veja aqui👇


No Dia Mundial do Meio Ambiente o podcast foi com a Pedagoga Maria Inês Pacheco debatendo sobre os estudos da Geógrafa e do Projeto Ambiental Rio Guri as características específicas da micro bacia do Arroio Araçá e seus entornos.



O transbordamento do Arroio Araçá em 02 de maio foi o primeiro ponto de alagamento da cidade que o Jornalista Vanderlei  Dutra acompanhou durante todo o mês, contribuindo com imagens e com estes espaços de conhecimento.

https://jornaltimoneiro.com.br/index.php/2024/05/03/arroio-araca-transborda-e-prefeitura-de-canoas-orienta-moradores-a-deixar-bairro-mato-grande/

Canoas é uma várzea - planície de inundação mostrada nos estudos da geógrafa: terreno baixo, plano, com prados, campinas e áreas alagadiças, que margeia rios e arroios; planície cultivada, de grande fertilidade (histórica zona de arrozais e cultivo de hortaliças). Essas áreas possuem importante papel ecológico em termos de espaço de vazão das águas dos mananciais, em tempos de cheia, e de cultivo, em tempo de baixa das águas.

Com o nascimento da cidade a região ficou dividida entre estas partes baixas e a alta, e, com crescimento da urbanização, as áreas baixas foram sendo ocupadas, tendo que ser construídos os diques e casas de bombas, após a grande enchente de 1941, por serem áreas de risco de inundação.

Com os eventos climáticos fortes e frequentes tais riscos estarão em evidência cada vez mais.

A natureza é um sistema único. A problemática é sistêmica, assim, o planejamento com constante diálogo e manutenção, deve ser conjunto entre todas as cidades da bacia hidrográfica do Guaíba. Da mesma forma que, se uma barragem e diques rompem, atinge o todo envolvido, este todo deve ser levado em conta. Um importante olhar holístico a partir das lições desta catástrofe gaúcha.

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