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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Fonte Dona Josefina é entregue revitalizada à comunidade canoense

Há anos inutilizado por causa do lixo, local pretende ser novo ponto de lazer.

Amanda Montagna/ Jornal Diário de Canoas - 09/06/2010

Uma das principais nascentes do arroio Araçá, a Fonte Dona Josefina foi revitalizada e entregue ontem como parte da programação da Semana do Meio Ambiente. O serviço, realizado pela Secretaria do Meio Ambiente, consistiu na limpeza dos 400 m² de área, desassoreamento (remoção de entulhos) e plantio de nova vegetação. O local agora é considerado Área de Proteção Permanente (APP).De acordo com a diretora de Educação Ambiental, Estela Peuckert, foram removidos cinco caminhões de lixo. Após análise da Corsan, a água foi classificada como imprópria para o consumo. Próximas ações devem incluir o cercamento e a iluminação.

Lembranças resgatadas

A Associação Beneficente Caminhos da Paz também colaborou com a limpeza. O presidente, Hélio Gomes dos Santos, conta que há 30 anos sua família buscava água ali.’’Mesmo sem poder utilizar para este fim, o importante é resgatar a memória e trazer o natural de volta’’, enfatiza. Embelezada por flores e pássaros, que voltaram a frequentar o ambiente, a paisagem modificada chamava a atenção para o que será considerado um novo ponto de lazer no município. O aposentado Raul de Oliveira Moraes, 56, revivia lembranças do passado. ‘‘Isso era muito bonito. As senhoras lavavam roupas e depois estendiam nas árvores’’, recorda.


Ação não é pontual

Construída em 1904, dentro da propriedade de Antônio Lourenço Rosa, o nome é uma homenagem à esposa de Rosa. Por muitos anos, a Fonte Dona Josefina serviu de pernoite e de ‘bica’ para tropeiros que iam em direção a Tramandaí, já que a estrada que passava pela hoje avenida Santos Ferreira era uma das principais vias de ligação com o Litoral. Anos depois a vertente foi lacrada devido ao lixo e à contaminação do lençol freático provocada pelo cemitério Santo Antônio, que fica do lado oposto à fonte. Para a diretora de Educação Ambiental, Estela Peuckert, o trabalho não deve ser visto como pontual. ‘‘É um processo permanente no qual a comunidade deve estar envolvida para garantir a sustentabilidade.’’

Foto: Vinicius Carvalho/GES

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