Através do convite da FAUERS, da Coordenadoria da Diversidade, do Projeto Arroio Araçá: Nosso Rio Guri, com apoio do Gabinete do Vereador Nelsinho, foi lançada em Canoas a 17ª Romaria das águas em 23 de junho de 2010.
Em grande expediente na Câmara de Vereadores de Canoas, atendendo requerimento do Vereador Nelsinho Metalúrgico, o evento transcorreu com a presença do Irmão Antonio Cechin e demais religiosos, além das pessoas ligadas as áreas de meio ambiente, educação e social.
Irmão Antonio Cechin - Movimento Romaria das águas, Vereador Nelsinho, Celso Barônio - Secretário do Meio Ambiente e Prof. Maria Inês Pacheco - articuladora do Projeto Arroio Araçá: Nosso Rio Guri
Líder fundador deste evento o Irmão Antônio Cechin enfatizou que, além de movimento religioso, a Romaria é uma mobilização social com o objetivo de chamar a atenção de todos para a importancia da água em nossas vidas e da situação deste elemento vital no cotidiano das cidades.
Vários representantes do Projeto do Rio Guri estiveram presentes: integrantes da Pastoral da Ecologia, Casa de Caridade Pai Thomé, Axé Jovem, das ONGs Bem Me Quer e Araucária, da Uniaxés, Quilombo Chácara das Rosas, Coordenadoria da Juventude, o artista plástico Gilberto Fettuccia, as profs. Ivone Bolico, Elisabete Fettuccia e Mª Helena Flores e a FAUERS, cujo Presidente, Everton Alfonsin, entregou um projeto de participação da federação na Romaria com solicitação para que este movimento faça parte do calendário de eventos de Canoas. Também, convidou a todos para a primeira reunião de organização do Romaria no sábado - 03/07/10, ás 9h, no santuário de Nossa Senhora Aparecida das Águas, localizado na Ilha Grande dos Marinheiros.
Através dos encontros que se inicia nesta data é que vai se formatando a romaria, com definicões de datas de coletas nas nascentes, roteiro e conteúdo de peregrinação da Santa, definição das participações das cidades que fazem parte da Bacia Hidrográfica do Guaíba e organização necessária durante todo o período do evento e para o dia 12 de outubro.
Destacam-se ainda as seguintes presenças neste lançamento:
Porto Alegre – Pastoral da Ecologia, Movimento Social da Ihas do Guaíba
Viamão – Coordenadoria da Diversidade e Pastoral da Ecologia
Alvorada – ONGs Se Ame, Acata, Centro Africano Iemanjá e Oxalá Fraternidade Ogum Beira Mar, Ilê Axé Oba, Centro Africano Inhançã e Bará;
Esteio – Coordenadoria de Políticas, Secretaria de Arte e Cultura, Grupo Unir Raças;
Canoas – Frei Wilson Dallagnol da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Secretarias da Educação e Desenvolvimento Social, Associação das Mulheres Negras, ONG Uriel, Coordenadoria da Igualdade Racial, Coordenadoria da Mulher, Comunidade Negra, Conselho de Cultura, Centro Espírita de Umbanda Oxum Maré e Ogum Beira Mar, CRAOT - Conselho Regional do Ambiente e Ordenamento do Território.
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O relevo gaúcho é bastante variado, com planalto ao norte, depressões no centro e planícies costeiras. A cidade de Canoas localiza-se na área da Depressão Central tendo as Coxilhas como características. Coxilha é uma colina localizada em regiões de campos, podendo ter pequena ou grande elevação, em geral coberta de pastagem.
“O solo canoense é formado por várzeas e coxilhas areníticas do sistema da campanha bordejam a cidade e são revestidas de capões e campos limpos. Predominam solos derivados de sedimentos aluviais recentes, mal drenados, ácidos, pobres em nutrientes e bastante influenciados pela presença de água. Foram famosos os capões nativos que outrora fizeram de Canoas bela e preferida estação de veraneio. Constituídos geralmente de aroeira, cedro, louro, guajuvira e outras espécies, a vegetação classifica-se em: campestre, silvática e palustre. Com o intenso desenvolvimento industrial, Canoas teve sua vegetação original alterada. Atualmente a superfície de Canoas apresenta poucas áreas de vegetação nativa. Em 1892, o cientista sueco Lindmann classificou a região como "Savana com raros capões". A paisagem de Canoas tranformou-se com a ação do homem e os capões deixaram de existir para dar origem as áreas urbanizadas e industriais, restando alguns deles como o Capão do Corvo, transformado no Parque Getúlio Vargas.”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_de_Canoas
Imaginemos a paisagem que Francisco Pinto Bandeira deparou-se ao chegar por aqui. Uma área com planícies inundadas (banhados) e terrenos planos entre relevos coxilhados. O estabelecimento de sua estância como primeiro núcleo social na região culminou na criação de nosso município. Para construir a sede de sua fazenda escolheu uma das áreas altas da região: a Colina do Abílio. Hoje é a entrada da cidade através da rua Santos Ferreira, Bairro Estância Velha, chegando por Cachoeirinha. Chamada inicialmente de Capão das Canoas, era uma área constituída de cobertura vegetal de gramíneas, que favorecia a atividade pastoril, base da economia dessa época, associada à mata ao longo dos cursos d’água: os Capões. Num destes capões, onde hoje é o Bairro Niterói, o marido e o filho primogênito da neta de Pinto Bandeira - dona Rafaela - são mortos a tiro durante a Revolução Farroupilha. Também, entre outro destes capões, corria livre o arroio Araçá, que, com a morte de Dona Rafaela, dividia suas terras entre os herdeiros. 