O Jornal Timoneiro proporcionou uma aula-análise da região de Canoas na Semana do Meio Ambiente 2024, no momento em que a cidade sofreu a maior enchente de sua história.
Em 04 de junho o Jornalista Vanderlei Dutra realizou um podcast com a Geógrafa Ana Cláudia Luz Garcez apresentando, através de mapas, importantes estudos sobre as características da cidade, bacias hidrográficas, altitudes e relevo. Veja aqui👇
O transbordamento do Arroio Araçá em 02 de maio foi o primeiro ponto de alagamento da cidade que o Jornalista Vanderlei Dutra acompanhou durante todo o mês, contribuindo com imagens e com estes espaços de conhecimento.
Canoas é uma várzea - planície de inundação mostrada nos estudos da geógrafa: terreno baixo, plano, com prados, campinas e áreas alagadiças, que margeia rios e arroios; planície cultivada, de grande fertilidade (histórica zona de arrozais e cultivo de hortaliças). Essas áreas possuem importante papel ecológico em termos de espaço de vazão das águas dos mananciais, em tempos de cheia, e de cultivo, em tempo de baixa das águas.
Com o nascimento da cidade a região ficou dividida entre estas partes baixas e a alta, e, com crescimento da urbanização, as áreas baixas foram sendo ocupadas, tendo que ser construídos os diques e casas de bombas, após a grande enchente de 1941, por serem áreas de risco de inundação.
Com os eventos climáticos fortes e frequentes tais riscos estarão em evidência cada vez mais.
A natureza é um sistema único. A problemática é sistêmica, assim, o planejamento com constante diálogo e manutenção, deve ser conjunto entre todas as cidades da bacia hidrográfica do Guaíba. Da mesma forma que, se uma barragem e diques rompem, atinge o todo envolvido, este todo deve ser levado em conta. Um importante olhar holístico a partir das lições desta catástrofe gaúcha.
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